Se
você está cansado de estudar muito e esquecer facilmente tudo que estudou, se
você quer memorizar informações e relembrá-las sob pressão e ser um excelente gerenciador
de tempo, então este é o momento ideal para você testar uma técnica de aprendizagem objetiva que está mudando
a vida de milhares de pessoas. Estou falando dos mapas mentais idealizados por
Tony Buzan.
Você já prestou atenção que
lembramos muito mais detalhes de um filme que assistimos do que de um livro que
lemos? Isso acontece porque nosso cérebro funciona muito melhor por meio de
associação.
É muito mais fácil, por exemplo,
você lembrar de acontecimentos da revolução industrial assistindo um filme do
que tão somente lendo um livro sobre a matéria. É claro que o filme não conta
toda a história, mas nos ajuda a associar os fatos escritos com os personagens,
ambientes e acontecimentos do filme.
É com base nesse raciocínio
que surgem os queridinhos mapas mentais. Vamos conhecê-los?
Neste artigo você vai ler
sobre:
1. Quem é Tony Buzan?
2. O que são mapas mentais?
3. O que um mapa mental deve
ter?
4. Como o nosso cérebro
aprende?
5. O que você precisa para fazer um mapa mental?
6.
Etapas para construção de um mapa mental
7.
O mapa mental tem o formato parecido com os neurônios do nosso cérebro
8.
Os dois lados do cérebro
1. Quem é Tony Buzan?
Tony
Buzan foi um psicólogo britânico, formado na University of
British Columbia, que ficou reconhecido mundialmente por desenvolver a técnica
de pensamento criativo conhecida como mind
mapping.
Devido a sua dificuldade em
reter conhecimento por meio das técnicas tradicionais de ensino, Tony Buzan passou
a pesquisar sobre técnicas de memorização e funcionamento do cérebro. Concluiu,
portanto, que o cérebro utiliza métodos não lineares para reter informações e que
a associação e a imaginação estão intrinsecamente ligadas ao processo de
aprendizagem.
Com base em seus estudos,
escreveu diversos livros contando seu método de organização das ideias na
mente. Seus livros tornaram-se best-sellers traduzidos para mais de 150 idiomas
e lidos por milhões de pessoas. Atualmente, aproximadamente 250 milhões de
pessoas no mundo utilizam os mapas mentais para organizar seus pensamentos e
conhecimentos.
Tony Buzan faleceu em 2019,
mas sua técnica permanecerá sempre viva para formar pensamentos de longo prazo.
2. O que são mapas mentais?
De acordo com Tony Buzan, os mapas mentais são a forma mais criativa e eficaz tanto para
armazenar informações no cérebro quanto para extrair dele. Para ele, podemos
comparar um mapa mental com uma cidade: o centro da cidade seria o centro do
mapa mental, contendo, portanto, a ideia mais importante. As estradas que
partem do centro seriam as informações principais e as suas subdivisões seriam as
ideias secundárias relativas à ideia central.
Essa estrutura permite que se tenha:
– Uma visão geral do assunto estudado;
– Uma grande quantidade de informações reunidas em um único lugar;
– Um material agradável de olhar, ler, refletir e memorizar;
– Capacidade para lembrar e relembrar de forma mais eficaz que os meios de anotações tradicionais;
– Economia de tempo;
– Organização e clareza dos pensamentos;
– Rapidez e eficiência na hora de revisar;
– Capacidade para transformar memória de curto prazo em memória de longo prazo.
3. O que um mapa mental deve ter?
Uma estrutura que irradia do centro (ideia principal) para as extremidades (ideias secundárias) e contenha os seguintes elementos:
– Uso de várias cores;
– Uso de linhas (preferencialmente curvas);
– Palavras-chave;
– Imagens-chave e símbolos.
Todos esses elementos
permitem a transformação de um grande volume de informações em uma diagramação
colorida, organizada e agradável ao cérebro.
4. Como o nosso cérebro aprende?
De acordo com Tony Buzan, o
nosso cérebro tem uma aptidão natural para o reconhecimento visual. Por essa
razão, as chances de lembrarmos aumentam quando a associamos à imagens.
Por
que os mapas mentais são mais eficientes do que um simples texto ou
apontamentos em forma de lista? Porque a maneira como as
informações, imagens e cores estão distribuídas nos mapas mentais estimulam o
reconhecimento visual pelo cérebro. Por outro lado, os métodos lineares
convencionalmente usados para anotações são menos agradáveis ao cérebro.
Em seu livro, “The
Ultimate Book of Mind Maps”, Tony Buzan cita exemplos de grandes gênios
que fugiram dos métodos tradicionais e se debruçaram no pensamento criativo. Entre
eles estão: Leonardo da Vinci,
Michelangelo, Charles Darwin, Isaac Newton, Albert Einstein, Thomas Edison, Galileu
Galilei, Richard Feynman e Pablo Picasso.
Galileu,
por exemplo, foi um dos responsáveis por revolucionar a ciência de uma forma
pouco usual. Diferentemente dos contemporâneos de sua época, que faziam uso de métodos
verbais e matemáticos nas suas abordagens, Galileu colocou em prática seu
pensamento criativo e sua teoria era exposta através de ilustrações e
diagramas.
5. O que você precisa para fazer um mapa mental?
Para
fazer seus mapas mentais você vai precisar de:
– Papel em
branco (sem linhas) posicionado na horizontal;
– Canetas e
lápis coloridos;
– Seu
cérebro;
– Sua
imaginação.
Você
pode adaptar essas regras para fazer mapas mentais em formato digital. Inclusive
existem diversos aplicativos (softwares) específicos para a criação de mapas
mentais.
6. Etapas para construção de um mapa mental
Comece pelo centro da
página: colocando no centro o assunto
central a ser tratado você deixa seu cérebro livre para explorar todos os lados
da folha de papel (ou digital) e deixar a imaginação fluir.
Use imagens-chave: imagens/fotos que te ajudem o conteúdo. Vale
lembrar que “uma imagem vale mais que mil
palavras” – ela vai te ajudar no processo de memorização e a buscar a
informação nos arquivos da sua memória no momento da revisão.
Use cores: as cores são estimulantes para o cérebro. Além
disso, vai deixar seu mapa mental mais atraente e divertido.
Faça conexões: conectar a ideia central com as ramificações é
fundamental para que o cérebro faça as associações necessárias.
Use linhas Curvas: dê preferência por linhas curvas, pois elas
estimulam mais o cérebro do que as linhas retas.
Use uma palavra-chave por
linha: destacar palavras-chave, assim
como as imagens-chave, ajuda a fazer conexões, associações e no desenvolvimento
do pensamento criativo.
7. O mapa mental tem o formato parecido com os neurônios do nosso cérebro
A
criação do microscópio eletrônico supersensível permitiu avanços significativos
no estudo do nosso cérebro.
As
pesquisas mostraram que o nosso cérebro é compostos por milhões de células
minúsculas, o que hoje conhecemos como neurônios. Cada uma dessas células
possui um corpo (núcleo/centro) e desse corpo saem diversas ramificações,
podendo ser comparada com uma árvore cheia de ganhos, uma estrutura semelhante
a dos mapas mentais. Um neurônio é um cérebro dentro de outro cérebro (o do ser
humano).
Os
estudos do funcionamento do cérebro também permitiram descobrir que cada parte
do cérebro é responsável por funções específicas.
8. Os dois lados do cérebro
Estudos realizados nas décadas de 1950 e 1960 pelo professor Roger Sperry e sua equipe, em parceria com o professor Robert Ornstein, levaram a descobertas revolucionárias sobre o funcionamento dos dois lados do cérebro. A pesquisa consistia na observação do comportamento cerebral durante a realização de algumas atividades dos participantes do estudo, como por exemplo:
– Fazer
cálculos;
– Escrever;
– Desenhar;
– Pintar;
– Ouvir
músicas;
– Outras.
Após
diversos teste foi possível verificar que o cérebro utiliza lados diferentes de
acordo com a categoria da atividade desenvolvida. Assim pôde-se concluir que são atividades processadas
pelo:
Lado
direito: emoção, imaginação, criatividade, cores, visão holística.
Lado
esquerdo: palavras, lógica, números, sequências, análise, intelectual.
Isso
não significa que você deve usar apenas um lado do cérebro. Pelo contrário, os
mapas mentais utilizam diversos elementos que potencializam o desempenho,
unindo tarefas que envolvem os dois lados do cérebro, tendo por base que o
cérebro funciona melhor por sinergia e repetição.
Vejamos
alguns elementos utilizados nos mapas mentais que facilitam o aprendizado e
desbloqueiam o seu cérebro:
Lado
direito do cérebro (criativo): imagens-chave, cores e imaginação.
Lado
esquerdo do cérebro (lógico): palavras-chave, números e lógica.
Com a utilização desses elementos, aliado às ramificações (ligando a ideia central às secundárias), é possível potencializar sobremaneira a memorização pelo cérebro. Através da associação lógica e organizada.
Faça um teste prático e entenda melhor como os mapas mentais funcionam.
REFERÊNCIA
BUZAN, Tony. The Ultimate Book of Mind Maps. Editora:
Harper Thorsons, Edição: UK, 2012.
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